Conhece alguma empresa júnior ou já contratou alguma? Com certeza você já deve ter ouvido falar sobre algumas delas, mas talvez não com esse nome de fato ou talvez não tenha prestado atenção sobre essa citação. Empresas juniores, ou EJ’s, são espaços físicos dentro das faculdades, onde os jovens de um ou mais cursos superiores procuram vivenciar o empreendedorismo jovem, administrando uma empresa que realiza serviços em áreas do curso, colocando a teoria da sala de aula em problemas reais.
O que é ser empresário júnior?
A resposta para essa pergunta está nas raízes do movimento…
Em 1967, em Paris, um conjunto de acadêmicos da Escola Superior de Ciências Econômicas e Comerciais viram a ausência de vivenciar o mercado de uma forma mais a fundo do que apenas a teoria e a sala de aula, a partir dessa sensação, criou-se a primeira empresa júnior do mundo, dando o ponta pé inicial ao Movimento Empresa Júnior (MEJ). A ideia deu tão certo que em poucos anos nasceram vários acadêmicos empreendedores, indo parar em outras regiões da França, da Europa e até em outros continentes.
No Brasil, o movimento chegou mais de 20 anos após a criação da EJ na França, em 1988, levando o cenário acadêmico e empresarial da época a um novo nível.
Hoje, existem mais de 600 empresas juniores no país, espalhados nas 5 regiões brasileiras, integrando todas as áreas do saber, mudando o rumo de mais de 20 mil empresários juniores que participam do movimento, com os mais variados cursos e etnias, tendo uma fatia de cerca de 11 milhões de reais do produto interno bruto do país, distribuído em mais de 11 mil projetos realizados ao ano.
A cada ano que passa mais e mais jovens aderem ao movimento. Mas na prática, o que significa ser do movimento?
Ser do movimento é ser um jovem com um bom faro para negócios, mas acima disso, é ser um jovem que acredita num mundo melhor e mais justo, com ética para seguir em frente e tomar as suas decisões com transparência e, além de tudo, é ter vontade e sinergia para mudar o mundo.
E como é a organização desse movimento no Brasil?
Com a busca crescente de empresas juniores no país, houvesse a necessidade da criação de um órgão que desse um foco e regulamenta-se essas empresas, dessa necessidade nasceu o Brasil Júnior (BJ), um órgão nacional que é responsável por cuidar das empresas juniores do país, promovendo encontros nacionais, palestras, cursos e auxílios necessários para o bom funcionamento dos juniores.
Para auxiliar a BJ no dia-a-dia, existem as federações e os núcleos conectados pelo Brasil, as federações são um conjunto de pessoas que fomentam o contato entre EJ’s em âmbito estadual, em nível menor, os núcleos cuidam dos juniores mais regionais, proporcionando um contato mais próximo entre empresas da mesma cidade, região ou até da mesma universidade.
Para saber mais sobre a Brasil Júnior, clique aqui.
Como é o interno de uma EJ?
Uma empresa júnior, apesar do nome júnior, tem a mesma organização de uma empresa sênior, com cargos hierárquicos e, um fato pouco comentado, um professor orientador acompanha todo o dia-a-dia da empresa, sendo responsável por guiar os estudantes nessa caminhada empreendedora. Em conjunto com esse time, existem também empresas e multinacionais que possuem uma grande preocupação com o mercado futuro, gerando uma aliança bem forte entre empresas e as EJ’s.
Uma empresa júnior não possui fins lucrativos, isso, porém, não significa que eles fazem os serviços de forma gratuita, pois as empresas possuem contas como qualquer outra empresa sênior do mercado. Como eles não possuem auxílios do governo e, muitas vezes, nem da universidade, os serviços acabam sendo revertidos para pagar essas despesas e o lucro é sempre convertido em capacitações e treinamentos dos membros.
Para saber um pouco mais sobre como abrir uma empresa júnior e sua estrutura, clique aqui.
Porque contratar uma empresa júnior?
Estar em contato ou contratar uma empresa júnior é um caminho em que ambos os lados acabam ganhando, de um lado, temos a EJ com jovens que querem vivenciar na prática a vida pós-universidade, gerando experiência e estando melhor qualificado para o mercado de trabalho.
Do outro lado, temos o empresário sênior que precisa de alguns serviços específicos para o melhor funcionamento de sua empresa, poder fazer esse serviço com um valor mais acessível, faz com que essa diferença de valor possa ser usada em outros locais da empresa, gerando mais lucros finais. Isso sem contar que os acadêmicos estão sempre conectados com as melhorias e inovações do mercado, trazendo consigo uma energia de renovação e inovação para a sua empresa.
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